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Um jornalista tem que saber guardar as distâncias com seu assunto e oferecer aos leitores uma “fotografia” a mais próxima possível da realidade. Porém, às vezes, acontece que alguns encontros são tão fortes que dão vontade de levar a coisa mais longe. De não ser só um testemunha objectivo.

 

No mês de junho passado, eu fui fazer uma reportagem no Rio de Janeiro para o jornal L'Express. A situação nas favelas da cidade está piorando terrivelmente, a policia falhou na sua tarefa de pacificação das comunidades e as facções entraram em uma sangrenta guerra para reconquistar as favelas. Com Morgann Jezequel, correspondente de imprensa no Rio de Janeiro, e o fotógrafo Rafael Fabres, tentamos contar esta realidade, alguns dias antes do começo dos Jogos Olímpicos (matéria no jornal L'Express)

Durante esse imerso nas favelas do Rio, conhecemos um homem excepcional: Alan Duarte. Durante dois dias, este Brasileiro de 28 anos levou-nos para o lugar onde ele sempre morou, no Complexo do Alemão, um conjunto de doze favelas (400 000 moradores), entre as mais perigosas da cidade, uma area minada pelo tráfico de drogas e pela violência. 

Alan é um sobrevivente. Na sua familia, nove pessoas foram mortas por tiro. Ele poderia ter, como varios outros da favela, começar a usar droga ou tornar-se traficante. Mas, quando ele tinha 17 anos, a ONG inglesa “Fight for Peace”, que ajuda os jovens desfavorecidos de uma favela vizinha a sobreviver graças ao ringue de boxe, deu-lhe uma oportunidade. Alan aprendeu a lutar e ganhou títulos, antes de tornar-se treinador na ONG.

No fim de 2014, ele decidiu abrir seu próprio projeto social de boxe, « Abraço Campeão » para oferecer aos jovens do Complexo do Alemão a mesma fuga que ele pôde beneficiar quando mais novo. Desde então, três vezes por semana, ele dá aula de boxe para cerca de vinte jovens.

 

Os outros dias, os alunos sentam-se em círculo para sessões de cidadania. Lá, eles falam de racismo, discriminações, trabalho, da questão de gênero e de sexualidade, dos direitos da mulher, etc. O objetivo do Alan : dá-los esperança, ensiná-los autoestima e o respeito pelo outro.

 

O problema é que Alan tem pouco equipamento. Ele recuperou luvas e sacos de boxe rasgados, em número insuficiente. Foi quando viemos o empenho,o entusiasmo que Alan coloca no seu projeto, que nós decidimos ajudá-lo. Nossa acção é modesta: coletar bastante dinheiro para poder oferecer aos alunos de Alan um equipamento decente e adequado.

Alan precisa de 13.400 R$. E muito e pouco ao mesmo tempo. Por exemplo, no Brasil, uma boa par de luvas, importada,  custa 252R$. Um presente de um valor inestimável para estes jovens. Nós preferimos fazer isto através de uma solução flexível : um fundraising online. Garantimos uma transparência total e o bom uso da sua doação. Quando teremos coletado o montante desejado, iremos com Alan comprar o equipamento. Gravaremos o momento onde Alan entregara os materiais aos seus protegidos e colocaremos o vídeo online.

Por ter adotado a solução do fundo comum, não poderemos fazer um desagravamento fiscal nas doações. Mas quem fizer uma doação sera informado dos avanços do projeto do Alan. Além disso, quem fizer uma doação superior ou igual a 87R$ receberá uma fotografia do fotografo Rafael Fabres (podem escolher aqui), que será enviada por m@il, como imagem de alta resolução, para revelar. Para isso, quando fizer a doação no site, por favor escreva o seu nome completo e seu email. Entraremos em contato.

Charles Haquet, jornalista no L'Express, Morgann Jezequel, jornalista no Rio de Janeiro e Rafael Fabres, fotojornalista freelance 

Não espere mais para ajudar o Alan : clique aqui para fazer doação !

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